Funcionários e usuários de entidade que cuida de pessoas com deficiência realizam protesto em Jaú


Cerca de 30 pessoas entre funcionários e usuários vinculados à Associação e Movimento de Assistência ao Indivíduo Deficiente (Amai) realizaram movimento no centro de Jaú (SP), na manhã desta segunda-feira (5).

A entidade busca atrair a atenção das autoridades e pedir justiça, já que alega ter sido vítima de um desvio de verbas causado por um ex-dirigente. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.

Por conta disso, a Amai não tem como pagar seus oito funcionários e, segundo o atual presidente, Dagoberto do Nascimento Alasmar, de 46 anos, a partir desta terça-feira (6) a associação não terá comida para alimentar seus mais de 60 usuários.

“Houve um desvio de verbas da entidade, isso causou a negativa na prestação de contas. Agora nossa prestação de contas está comprometida, os serviços estão comprometidos. É uma bola de neve”, conta.


Os manifestantes exibiam cartazes em uma praça central da cidade e também nos semáforos trazendo dizeres como: “Pedimos justiça”, “Sem verba não dá para manter” e “Não deixem as pessoas com deficiência desamparados”.

O desvio foi registrado na Polícia Civil no dia 17 de julho como peculato. No documento, um antigo dirigente da entidade é acusado de desviar R$ 46.226,56 para a conta de uma empresa em seu nome.

O valor nas contas da entidade eram frutos de verbas municipais, estaduais e federais entregues à entidade.

“Fiz um levantamento de contas da Amai de janeiro para cá e encontrei inúmeras irregularidades. Pagamento indevido de contas que não eram da entidade e dinheiro usado para pagar outras contas, como pedaladas fiscais”, explica Dagoberto.

Do rombo de mais de R$ 46 mil, a entidade conseguiu a doação de R$ 19 mil vindo de empresários da cidade, por isso o déficit atual é de pouco mais de R$ 26 mil.

“É o dinheiro que usaríamos para pagar as contas e manter a entidade viva. A situação atual nos impede de fazer qualquer trabalho. Essas pessoas que frequentam aqui são, muitas vezes, privadas pela família. A vida delas é aqui”, complementa.

O presidente afirma ainda que no período da tarde, o grupo vai até a sessão da Câmara Municipal, que começa às 16h, pedir ajuda ao município.


Via G1

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